Houve tempos mostrados principalmente no cinema e nos primórdios da televisão em que os personagens em cena fumavam. Eram aquelas baforadas. Porque na época aquilo fazia parte de todo um glamour. Isso mudou muito. Muitos daqueles atores que faziam as moçoilas suspirar morreram de câncer. O que era moda virou doença. Não há mais charme no cigarro, quem fuma pode até dizer que fuma porque gosta, mas na verdade é porque o vício não permite que pare. E se você fuma muito, há muito mais razões de parar.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um terço da população mundial adulta, ou seja, 1,2 bilhão de pessoas, seja fumante. Segundo a OMS, o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, somando 4,9 milhões de óbitos anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos).

Para animar futuros ex-fumantes, é bom saber que há muitos benefícios, em curtíssimo prazo, quando se larga o vício de fumar. O cardiologista Antonio Carlos Till, do Vista Check-Up Center, lista 10 boas notícias para a saúde, depois que se apaga o último cigarro.

1. Em 20 minutos a pressão arterial e os batimentos cardíacos retornam ao normal.
2. Em 8 horas os níveis de monóxido de carbono retornam ao normal.
3. Em 1 dia já se observa redução do risco de ataque cardíaco.
4. Em 3 dias há relaxamento dos brônquios e aumento da capacidade respiratória.
5. De 2 a 12 semanas verifica-se melhora da circulação sanguínea.
6. Entre poucos dias e algumas semanas (dependendo do quanto e por quanto tempo a pessoa fumava) o paladar e o olfato se recuperam completamente.
7. De 1 a 9 meses há redução de tosse, infecções e ocorre melhora da capacidade respiratória.
8. Em 1 ano o risco de doença coronária cai pela metade.
9. De 10 a 15 anos o risco de doença coronária se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou.
10. De 15 a 20 anos o risco de câncer se aproxima do risco de uma pessoa que nunca fumou.