• Não fumar

A Organização Mundial da Saúde afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, já que atualmente morrem no mundo, cinco milhões de pessoas por ano, em consequência das doenças provocadas pelo fumo, o que corresponde a aproximadamente seis mortes a cada segundo. Dentre as propostas de todos os programas de cessação do fumo, estão o estímulo à atividade física e uma alimentação saudável.

• Comer, no mínimo, 5 frutas e vegetais diariamente

Os compostos bioativos dos vegetais (resveratrol e flavonóides nas uvas, o licopeno no tomate e tanto outros) têm atividades antioxidante, anti-aterosclerótica e anti-câncer. Recomenda-se o consumo de 400-600 gramas/dia de frutas, verduras e hortaliças, preferentemente de cores diferentes, para atingir 20- 30 gramas de fibras/dia. A preferência pelo consumo de cereais integrais, aumenta a ingestão de fibras com um importante papel fisiológico no trato digestivo. A Tabela 1 mostra a diferença entre dois tipos de farinhas de trigo.

As fibras alimentares podem ser fermentáveis por micro-organismos benéficos à flora intestinal. Os produtos dessa fermentação são o aumento da massa da microbiota intestinal (quantidade de bactérias benéficas) que suprimem o desenvolvimento de bactérias patogênicas, promovem a liberação de produtos energéticos para a saúde do epitélio intestinal com consequente fortalecimento das defesas orgânicas. Esses micro-organismos que melhoram a função intestinal são denominados probióticos e podem ser veiculados por determinados alimentos, como é o caso do Queijo Minas Frescal SanBIOS, recém lançado no mercado consumidor, que contém o bio-ingrediente Bifidobactterium lactis , um microorganismo probiótico que ajuda a equilibrar a flora e função intestinais.

• Exercitar-se, no mínimo, 150 minutos por semana

O estímulo à prática da atividade física regular tem mostrado redução do risco de doenças cardíacas e diabetes. Trinta minutos de moderada atividade física não programada, 5 vezes por semana, como lavar o carro, passear com o cachorro, mexer no jardim, etc., comprovadamente tem trazido benefício para a saúde. A partir dos 50 anos de idade, recomenda-se associar exercícios de força (musculação), duas vezes por semana, para preservação da massa óssea e muscular.

• Manter um Índice de Massa Corporal entre 18,5 e 24,9 Kg/m²

O IMC calcula-se pela divisão do peso corporal em kg pela altura em m². A faixa de IMC saudável encontra-se entre 18,5 e 24,9 kg/m². As taxas de mortalidade crescem similarmente a medida que o IMC diminui de 18,5 ou aumenta de 24,9 kg/m². A obesidade (IMC =ou>30 kg/m²) é considerada uma epidemia mundial pela Organização Mundial da Saúde, trazendo consigo uma série de co-morbidades (outras doenças) como a hipertensão arterial, as desordens de gorduras sanguíneas, o diabetes e a doença cardiovascular.

Estudos recentes estimam que somente 8,5% das pessoas estão engajadas em todos esses fatores de estilo de vida saudável, e por essa razão, diminuem cerca de 40% as chances de doença cardiovascular e de mortalidade, em relação as que não adotaram aqueles fatores. E, ainda, pessoas que na meia idade (45 anos) se engajaram nesse estilo de vida saudável, reduziram o risco cardiovascular em 16,5% em 4 anos, mostrando que nunca é tarde demais para agir em prol de um estilo de vida saudável.

Carlos Alberto Werutsky. MD, PhD
www.abran.org.br/drwerutsky